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Poesia “A Bomba Atômica” – Vinicius de Morais

I

Dos céus descendo
Meu Deus eu vejo
De pára-quedas?
Uma coisa branca
Como uma forma
De estatuária
Talvez a forma
Do homem primitivo
A costela branca!
Talvez um seio
Despregado à lua
Talvez o anjo
Tutelar cadente
Talvez a Vênus
Nua, de clâmide
Talvez a inversa
Branca pirâmide
Do pensamento
Talvez o troço
De uma coluna
Da eternidade
Apaixonado
Não sei indago
Dizem-me todos
É A BOMBA ATÔMICA
Vem-me uma angústia

Quisera tanto
Por um momento
Tê-la em meus braços
E coma ao vento
Descendo nua
Pelos espaços
Descendo branca
Branca e serena
Como um espasmo
Fria e corrupta
De longo sêmen
Da Via-Láctea
Deusa impoluta
O sexo abrupto
Cubo de prata
Mulher ao cubo
Caindo aos súcubos
Intemerata
Carne tão rija
De hormônios vivos
Exacerbada
Que o simples toque
Pode rompê-la
Em cada átomo
Numa explosão
Milhões de vezes
Maior que a força
Contida no ato
Ou que a energia v Que expulsa o feto
Na hora do parto.

II

A bomba atômica é triste
Coisa mais triste não há
Quando cai, cai sem vontade
Vem caindo devagar
Tão devagar vem caindo
Que dá tempo a um passarinho
De pousar nela e voar…
Coitada da bomba atômica
Que não gosta de matar!
Coitada da bomba atômica
Que não gosta de matar
Mas que ao matar mata tudo
Animal e vegetal
Que mata a vida da terra
E mata a vida do ar
Mas que também mata a guerra…
Bomba atômica que aterra!
Bomba atônita da paz!
Pomba tonta, bomba atômica
Tristeza, consolação
Flor puríssima do urânio
Desabrochada no chão
Da cor pálida do hélium
E odor de rádium fatal
Lœlia mineral carnívora
Radiosa rosa radical.
Nunca mais oh bomba atômica
Nunca em tempo algum, jamais
Seja preciso que mates
Onde houve morte demais:
Fique apenas tua imagem
Aterradora miragem
Sobre as grandes catedrais:
Guarda de uma nova era
Arcanjo insigne da paz!

III

Bomba atômica, eu te amo! és pequenina
E branca como a estrela vespertina
E por branca eu te amo, e por donzela
De dois milhões mais bélica e mais bela
Que a donzela de Orleans; eu te amo, deusa
Atroz, visão dos céus que me domina
Da cabeleira loura de platina
E das formas aerodivinais
– Que és mulher, que és mulher e nada mais!
Eu te amo, bomba atômica, que trazes
Numa dança de fogo, envolta em gazes
A desagregação tremenda que espedaça
A matéria em energias materiais!
Oh energia, eu te amo, igual à massa
Pelo quadrado da velocidade
Da luz! alta e violenta potestade
Serena! Meu amor… desce do espaço
Vem dormir, vem dormir, no meu regaço
Para te proteger eu me encouraço
De canções e de estrofes magistrais!
Para te defender, levanto o braço
Paro as radiações espaciais
Uno-me aos líderes e aos bardos, uno-me
Ao povo ao mar e ao céu brado o teu nome
Para te defender, matéria dura
Que és mais linda, mais límpida e mais pura
Que a estrela matutina! Oh bomba atômica
Que emoção não me dá ver-te suspensa
Sobre a massa que vive e se condensa
Sob a luz! Anjo meu, fora preciso
Matar, com tua graça e teu sorriso
Para vencer? Tua enégica poesia
Fora preciso, oh deslembrada e fria
Para a paz? Tua fragílima epiderme
Em cromáticas brancas de cristais
Rompendo? Oh átomo, oh neutrônio, oh germe
Da união que liberta da miséria!
Oh vida palpitando na matéria
Oh energia que és o que não eras
Quando o primeiro átomo incriado
Fecundou o silêncio das Esferas:
Um olhar de perdão para o passado
Uma anunciação de primaveras!

Vinicius de Morais

Calor e Temperatura

É comum a maioria das pessoas dizerem que calor e temperatura é a mesma coisa, mas não é.
Ao se aprofundar no estudo da termofísica ou termoquímica (parte da física e da química que trabalha com a medição de temperatura de objetos, suas transferências de calor, o calor existente em uma reação entre outros fatores que envolvem o conceito de temperatura), é necessário saber as diferenças existentes entre esses dois conceitos.

Temperatura

Temperatura é a grandeza física ligada ao grau de agitação das partículas, isto é, a energia cinética das partículas de uma dada matéria.

Exemplo:

Se eu pego uma panela com água e boto no fogo a água começará a ficar quente, isto porque a presença de calor acelerou as partículas das moléculas de água. O contrario aconteceria se fosse colocada a mesma panela com água em uma bacia de gelo, a água começaria a esfriar, logo, suas partículas ficariam mais lentas.

Calor

Calor é a energia em movimento, como uma relação entre dois objetos, um mais quente outro mais frio, e o calor se dissipa com o objetivo de equilibrar a temperatura dos corpos, portanto sempre passa do corpo mais quente para o mais frio. No caso da transferência de calor entre dois ou mais objetos, eles tentaram entrar num estado de equilíbrio térmico também conhecido como lei zero da termodinâmica.

“Se dois corpos estão em equilíbrio térmico com um terceiro, então eles estão em equilíbrio térmico entre si.” (Wikipédia).

Exemplo:

Se temos um corpo com temperatura de 400°C e outro com 200°C a provável temperatura que eles iram possuir (caso os corpos sejam do mesmo material e possuam mesma massa), é a de 300°C pois a energia se movimentou no intuito de equilibrar as termicamente os dois corpos.

Propriedades específicas dos materiais

As propriedades específicas de um material são utilizadas para distinguir o mesmo dos outros. Estes por sua vez são divididos em propriedades: Organolépticas, Físicas e Químicas

Propriedades organolépticas

Propriedades organolépticas são aquelas perceptíveis ao sentido dos seres humanos: visão, paladar, tato, audição e olfato.

Ex.:

O sal de cozinha é branco, o estanho emite um som agudo quando dobrado continuamente, o amoníaco tem um cheiro sufocante, um vidro pode ser liso, o açúcar tem um sabor doce.

Propriedades físicas

Propriedades físicas são aquelas possíveis de serem medidas. Para se trabalhar essas propriedades, é necessário compreender um pouco mais sobre os estados da matéria.

Os materiais podem existir basicamente em três estados físicos: Sólido, Líquido e gasoso, dependo da pressão e da temperatura a que são submetidos.

Através desses estados podemos calcular diversas condições da matéria.

Ex.:

A densidade de um corpo: d = m/v

Onde:

  • d – densidade
  • m – massa
  • v – volume

Propriedades químicas

As propriedades químicas são aquelas que revelam a capacidade de mutação que um material tem de se transformar em outro.

Ex.:

Combustão – produção de carvão e gás carbônico pela queima da madeira.

Saponificação – transformação da gordura tratada com soda cáustica em sabão.

Fermentação – formação do vinagre por meio do azedamento do vinho.

Matéria – Uma visão química e filosófica

Matéria é tudo aquilo que possui massa e ocupa lugar nos espaço.

A matéria pode não ser visível, como muitos gases. Estes também, têm massa e ocupam lugar no espaço e, conseqüentemente, apresentam volume. Isso pode ser comprovado quando enchemos os pulmões com ar ou fazemos uma bolha de sabão.

Uma porção limitada de matéria constitui um corpo. Se esse corpo apresentar uma aplicação prática para o homem, ele será denominado objeto.

Ex.:

O universo é material e dá origem a árvore que é uma matéria.

A árvore (matéria) dá origem a madeira que é um corpo.

A madeira (corpo) dá origem a mobilia de madeira que é um objeto.

Este ultimo é denominado um objeto por ter uma finalidade pratica para o homem e a mulher, como por exemplo: uma cadeira, uma mesa ou um armário de madeira. Todos eles possuem uma função prática para os seres humanos, a cadeira para sentar, a mesa para comer, o armário para guardar utensílios domésticos.

Podemos notar que tais afirmações tem ligações diretas as citações filosóficas de Aristóteles, referentes as quatro causas. Estas são:

Causa Material – Aquilo do qual se faz uma coisa, como a argila.

Causa Formal – A coisa em si, sua forma, sua projeção. Como um vaso feito com argila.

Causa Motora – Aquilo que dá origem ao processo em que a coisa surge, como as mãos de quem trabalha a argila, formando a partir da mesma o vaso.

Causa Final – A finalidade de criação daquela coisa, sua aplicação pratica para os seres humanos, de que eles são úteis, para que são usados. Como por exemplo, o vaso de argila para enfeitar a sala e portar flores.

Quanto a Aristóteles podemos destacar alguns pontos interessantes de sua visão filosófica, como:

Essência – É algo sem o qual aquilo não pode ser o que é, o que dá identidade ao ser, o que é essencial para sua existência.

Ex.: Um livro sem nenhum tipo de letra não pode ser um livro.

Acidente – É algo que pode ser inerente ou não ao ser, mas que, mesmo assim, não se descaracteriza o ser por sua falta. É algo que um ser possui que mesmo diferente de outro ser como ele, não o desclassifica como sendo aquele ser.

Ex.: Uma flor com um tamanho superior ou inferior ao de outra flor da mesma espécie, mesmo sendo uma grande ou pequena flor, não deixará de ser uma flor.

Potência – é algo que virá a ser, um futuro visualizado, como a de um estudante que visualiza sua futura profissão

Ato – É uma ação, é algo que já está concretizado, como um profissional que atua na área que no passado escolheu.

Experimento

2NaOH + 2Al + H2O —— NaAlO2 + 3H2

Materiais:

  • Garrafa de vidro
  • Papel Alumínio
  • Hidróxido de sódio (Soda Caustica)
  • Colher
  • Bexiga
  • Funil

Primeiro utilizamos a colher para pegar a soda caustica e introduzimos cerca de três colheres rasas na garrafa pelo funil. Cortamos o papel alumínio em vários pedaços e introduzimos dentro da garrafa.

Depois adicionamos água e em instantes seguintes ouve uma reação, dando origem a uma substancia de coloração preta. Logo após colocamos uma bexiga na extremidade superior da garrafa para capturar o H2 (hidrogênio) que estava sendo liberado pela reação.

Foi possível notar também, que ao longo do tempo a reação consumia o alumínio e se fazia necessário introduzir mais para obter mais H2.

O hidrogênio é um gás leve, então seria natural que o balão partisse rumo à atmosfera, mas ao enchermos a bexiga com o H2, soltamos este em sala, e pudemos notar que o balão flutuava e caia lentamente. Isso ocorria porque o Hidrogênio não estava em sua forma pura, já que dentro da garrafa também continha O2 (Oxigênio), e este por ser um gás, mas pesado, fazia com que o balão não fosse tão distante.

Ao tocarmos na garrafa pudemos notar que esta estava extremamente quente, isto porque o processo de obtenção do aluminato de sódio hidratado (substancia preta no fundo da garrafa, obtida no experimento), é uma reação exotérmica, isto é, libera calor.

O aluminato de sódio é uma base forte e que na presença de ácido ocasionará uma reação.

 

Número Atômico, Massa Atômica e Massa Molar

Para compreender com maior facilidade os estudos de química três conhecimentos simples e importantes devem ser lembrados. Estes são: Número Atômico, Massa Atômica e Massa Molar.

Número Atômico – É o número de prótons existe no núcleo atômico.

Ex.:

H (Hidrogênio) – Possui em seu núcleo 1 próton e nenhum nêutron, portanto seu número atômico é 1.

O (Oxigênio) – Possui em seu núcleo 8 prótons e 8 nêutrons mas como só queremos saber seu número atômico, isto é, a quantidade de prótons que ele possui em seu núcleo, chegamos a conclusão de que o número atômico do oxigênio é 8.

Massa Atômica – É a massa do núcleo atômico obtido através da soma da quantidade de prótons e nêutrons existentes em seu núcleo.

Ex.:

H (hidrogênio) – O hiidrogênio só possui um próton em seu núcleo e nenhum nêutron.

O (oxigênio) – O oxigênio possui em seu núcleo, 8 partículas de prótons e 8 partículas de nêutrons. 8+8 = 16 (16 g é a massa atômica do oxigênio).

Massa Molar – É a massa da molécula, que se obtém somando a massa atômica dos átomos presentes nessas mesmas moléculas.

Ex.:

H2O (molécula da água). A molécula de água é formada por dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio. cada átomo de hidrogênio possui massa atômica equivalente a 1 (H = 1) e cada molécula de oxigênio possui massa atômica igual a 16 (O = 16). Como na molécula de água temos 2 átomos de hidrogênio e um de oxigênio, temos a seguinte equação:

1+1+16 = 18 (18 g é a massa molar ou massa molecular da molécula de água).

Considerações finais

O elétron não participa destes conceitos pelo fato dele ser uma carga e portanto em constante movimento, não alterando assim o valor da massa do átomo.


Experiências em sala

Nesta manhã de segunda-feira fizemos em sala experimentos físicos curiosos que necessitavam de conhecimentos básicos em química, o que foi super interessante pois pudemos ver na pratica como funcionava alguns cálculos físicos.

Material utilizado

Para as experiências utilizamos diversos materiais, estes eram:

  • 01 ovo.
  • 01 copo de vidro transparente (utilizamos copos descartáveis transparentes por serem mais fáceis de serem transportados).
  • 01 colher de sopa.
  • 01 garrafa pet de 1L.
  • 01 balança
  • 01 tubo vazio de caneta transparente
  • Água
  • Sal
  • Óleo

1ª experimento

No primeiro experimento foi pedido para que se determinássemos a densidade da água doce e salgada. Para depois colocarmos o ovo no copo transparente e enchermos com água doce, e depois com água salgada, explicando assim os fenômenos.

Aguá Doce

introduzimos aproximadamente 1 litro de água na garrafa pet e depois utilizamos a balança para estimar sua massa, 1 kg.

utilizando a equação de densidade onde, a “d” (densidade) é inversamente proporcional a “v” (volume) e diretamente proporcional a “m” (massa).

(d= m/v)

Substituímos então os valores, o volume foi 1L e a massa foi 1 kg, como no sistema internacional de unidades a unidade de densidade é dada por g/cm³, fizemos:

1 kg é equivalente a 1000 gramas, assim como 1L é equivalente a 1 dm³ e 1 dm³ é equivalente a 1000 cm³, como a fração possuía um numerador e um denominador comum. A resultante foi a densidade da água: 1,0 g/cm³.

Água Salgada

Conforme adicionávamos sal a água, sua densidade se tornava cada vez maior, abrindo caminho para a continuação do experimento.

Ovo na água doce

Ao colocarmos o ovo no copo e introduzirmos água doce, este ficou no fundo do recipiente.

Conclusão: A densidade do ovo era maior em relação a água, por isto este afundou. A razão utilizada foi:

E (empuxo) = dvg

“d” (densidade da água) .“v” (volume da água) . g (gravidade)

E o peso do ovo, “P”

Na água doce o empuxo foi menor que o peso do ovo e também por esse motivo ele ficou no fundo do recipiente.

E<P

Ovo na água salgada

Ao adicionarmos sal á água, a solução aumentava sua densidade, ao tornamos a solução super saturada o ovo ficou parcialmente submerso.

Conclusão: A solução de água e sal ao se tornar super saturada tornou-se mais densa que o ovo fazendo com que este ficasse parcialmente submerso.

A razão utilizada foi a mesma da água doce:

E (empuxo) = dvg

“d” (densidade da água). “v” (volume da água). g (gravidade)

E o peso do ovo, “P”

Como a “d” (densidade da água) se tornava maior, a força do empuxo que possuí um sentido contrario ao peso do ovo também se tornava mais forte. Assim temos:

E>P, e por isso ele “boiou”

2º experimento

No segundo experimento foi pedido para que fosse colocado um tubo de caneta cheio de água e bota-se o mesmo invertido dentro da garrafa pet contendo água até que ele flutue. Após isso foi pedido para que a garrafa fosse fechada e apertada, e assim veríamos o tubo afundar, para que depois pudéssemos explicar o ocorrido.

Análise do experimento

O ar contido dentro do tubo de caneta é o que faz com que o tubo flutue, pois ele exerce uma pressão sobre a água fazendo o tubo flutuar. Ao fecharmos o recipiente  e apertarmos a garrafa, a água foi forçada para dentro do tubo da caneta, fazendo com que ele ficasse mais pesado e assim afundasse. Ao pararmos de exercer pressão sobre a garrafa a água saiu de dentro do tubo da caneta, fazendo com que esse ficasse mais leve e assim flutuasse.

Obs.: A garrafa foi tapada para que o ar de fora não interferisse nos resultados do experimento.

“Físicos criam antimatéria pesada e se aproximam da antimatéria sólida”

Anti-hélio

Um grupo internacional de cientistas, com participação de brasileiros, criou uma nova forma de antimatéria que é a maior e mais complexa anti-coisa já vista.

Até então, a antimatéria mais complexa e mais pesada já criada era um híbrido de hélio e hidrogênio, um anti-hélio-3, com dois antiprótons e um antinêutron.

Agora foram criados núcleos de anti-hélio verdadeiro, contendo dois antiprótons e dois antinêutrons, ou anti-hélio-4.

O anti-hélio foi detectado no Colisor Relativístico de Íons Pesados (RHIC: Relativistic Heavy Ion Collider), que fica localizado em Upton, no estado de Nova Iorque. O colisor é operado pela Colaboração STAR, que reúne 584 cientistas de 54 instituições de 12 países diferentes.

Criação da antimatéria

No ano passado, a equipe STAR anunciou a descoberta do anti-hipertríton, formado por um antipróton, um antinêutron e uma partícula instável chamada anti-lambda. O anti-hipertriton era então antipartícula mais pesada que se conhecia.

Mas os 18 núcleos de anti-hélio-4 observados agora bateram os recordes anteriores.

Anti-partículas têm carga elétrica oposta à das partículas de matéria ordinária – os antinêutrons, que são eletricamente neutros, são compostos de antiquarks que têm carga oposta à dos quarks normais.

As partículas de antimatéria aniquilam-se no contato com a matéria comum, emitindo um flash de raios gama, o que as torna notoriamente difíceis de encontrar e observar.

Mas isto vem mudando rapidamente. No ano passado cientistas conseguiram capturar a antimatéria pela primeira vez e, há poucas semanas, anunciaram o desenvolvimento de uma garrafa capaz de guardar antimatéria.

No RHIC, os cientistas colidem núcleos atômicos pesados, como chumbo e ouro, para formar bolas de fogo microscópicas, onde a energia é tão densa que podem ser criadas muitas novas partículas.

Anti-Tabela Periódica

“Eles nos levaram para o próximo elemento da anti-tabela periódica,” comentou Frank Close, da Universidade de Oxford, no Reino Unido.

A Tabela Periódica normal organiza os elementos de acordo com seu número atômico (Z), que determina as propriedades químicas de cada elemento. Os físicos também trabalham com o eixo N, que dá o número de nêutrons no núcleo de cada átomo.

O terceiro eixo representa a estranheza (S), que é zero para toda a matéria que ocorre naturalmente, mas pode ser não-zero no núcleo de estrelas colapsadas.

Os antinúcleos ficam na porção Z e N negativos, e o novo antinúcleo descoberto agora  estende a anti-tabela periódica para a região da antimatéria estranha.

Antimatéria sólida

O próximo anti-elemento dessa nascente anti-tabela periódica, o antilítio, poderia, em teoria, formar antimatéria sólida a temperatura ambiente – mas isso será algo muito mais difícil de fazer.

A equipe STAR calcula que o antilítio irá nascer de colisões com menos de um milionésimo da frequência de formação do anti-hélio-4 agora observado.

Na prática, isso o coloca fora do alcance dos colisores de hoje, incluindo o LHC.

Esconderijo da antimatéria

O cientista acrescenta que a obtenção do anti-hélio “não nos leva mais perto de responder a grande pergunta de por que é que o universo em geral não está repleto de antimatéria.”

De fato, as teorias atuais afirmam que matéria e antimatéria foram criadas em quantidades iguais nos primeiros instantes do universo, mas, por razões desconhecidas, a matéria prevaleceu.

Um observatório espacial, chamado Espectrômetro Magnético Alfa, que será levado para a Estação Espacial Internacional em Abril pelo ônibus espacial Endeavour, vai tentar amainar esse problema.

Já se sabe que os antiprótons ocorrem naturalmente em pequenas quantidades entre as partículas de alta energia, os chamados raios cósmicos, que atingem a Terra.

O AMS irá procurar por antipartículas mais pesadas. Mas se o anti-hélio é produzido apenas raramente em colisões, como mostrado agora pelo RHIC, então o AMS não deverá detectar anti-hélios.

Se ele encontrar altos níveis de anti-hélio, isto poderia reforçar a teoria de que a antimatéria não foi destruída no início do universo, mas simplesmente separada em uma parte diferente do espaço, onde não entra em contato com a matéria.

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=antimateria-mais-pesada-anti-tabela-periodica&id=020115110324&ebol=sim

“LHC pode se tornar a primeira máquina do tempo do mundo”

LHC do tempo

O LHC (Large Hadron Collider), além de ser o maior experimento científico do mundo, pode se tornar também a primeira máquina capaz de fazer a matéria viajar de volta no tempo.

Isto se Tom Weiler e Chui Man Ho estiverem corretos.

Os dois físicos da Universidade de Vanderbilt, nos Estados Unidos, acabam de propor a ideia em um artigo ainda não aceito para publicação, enviado para o repositório arXiv.

“Nossa teoria é um tiro de longa distância,” admite Weiler. “Mas ela não viola nenhuma lei da física e nem qualquer restrição experimental.

Partículas de Higgs

Um dos maiores objetivos do LHC é encontrar o bóson de Higgs, uma partícula hipotética da qual os físicos lançam mão para explicar porque partículas como os prótons, nêutrons e elétrons possuem massa.

Se o Grande Colisor de Hádrons realmente conseguir produzir essa que é chamada a “partícula de Deus”, alguns físicos acreditam que ele irá criar também uma segunda partícula, o singleto de Higgs.

Segundo a proposta de Weiler e Ho, esses singletos teriam a capacidade de saltar para uma quinta dimensão, onde eles poderiam se mover para frente e para trás no tempo, retornando depois para nossa dimensão, mas reaparecendo no futuro ou no passado.

Comunicação com o passado e com o futuro

“Uma das coisas mais atrativas dessa abordagem da viagem no tempo é que ela evita todos os grandes paradoxos,” diz Weiler.

Na verdade, a abordagem evita os passageiros mais problemáticos na viagem. Como somente partículas com características tão especiais poderiam viajar no tempo, ninguém poderia retornar ao passado e matar algum antecessor, eliminando a possibilidade da própria existência.

“Entretanto, se os cientistas puderem controlar a produção dos singletos de Higgs, eles poderão enviar mensagens para o passado ou para o futuro,” propõe Weiler.

Testar a teoria, segundo os físicos, será fácil: bastará observar se o LHC produz os singletos de Higgs e se os produtos do seu decaimento começam a surgir espontaneamente.

Neste caso, garantem eles, isso indicará que esses produtos estão sendo gerados por partículas que viajaram de volta no tempo para reaparecer antes da ocorrência das colisões que as originaram.

Teoria-M

A proposta é baseada na Teoria-M, que tem a pretensão de ser uma “teoria de tudo”.

A Teoria-M requer a existência de 10 ou 11 dimensões, em vez das quatro que nos são familiares (as três espaciais mais o tempo). Isso levou à sugestão de que nosso Universo pode ser uma membrana – ou “brana” – quadridimensional flutuando em um espaço-tempo multidimensional, chamado de “O Todo” (Bulk).

Segundo essa “visão de mundo”, os blocos fundamentais do nosso Universo estão permanentemente presos à sua brana, o que os impede de viajar para outras dimensões.

Mas pode haver exceções – a gravidade, por exemplo, seria uma força tão fraca porque ela se difunde por outras dimensões. Outra possível exceção seria o singleto de Higgs, que responde à gravidade, mas a nenhuma das outras forças básicas.

Neutrinos estéreis

Uma terceira possibilidade seria um ainda mais elusivo neutrino estéril, um parente mais raro dos quase indetectáveis “neutrinos normais”.

Um neutrino normal interage tão pouco com a matéria que pode atravessar um cubo de um ano-luz de lado feito de chumbo sem se chocar com nenhum átomo.

Os neutrinos estéreis não se chocariam nunca com nada – eles também reagiriam apenas com a gravidade, o que os torna passageiros viáveis para a máquina do tempo de Weiler e Ho.

Um experimento realizado no ano passado dá suporte à existência dos neutrinos estéreis.

Viajar mais rápido do que a luz

E a ideia vai além: se os neutrinos estéreis pegarem atalhos por outras dimensões, do ponto de vista da nossa dimensão eles poderiam viajar em velocidades mais altas do que a velocidade da luz.

De acordo com a Teoria da Relatividade Geral de Einstein, há certas condições nas quais viajar mais rápido do que a velocidade da luz é equivalente a viajar de volta no tempo – foi aí, segundo os dois físicos, que eles entraram no especulativo campo das viagens no tempo.

Especulações que, por enquanto, estão rendendo bem no mundo da ficção científica. Os recentes Teoria Final, de Mark Alpert, e A Máquina do Tempo Acidental, de Joe Haldeman, amparam-se na ideia dos neutrinos viajantes no tempo.

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=lhc-maquina-do-tempo&id=010130110316&ebol=sim

 

“Criado um motor molecular a pistão”

Cientistas criaram um motor molecular que, segundo seus criadores, funciona como um pistão, como os motores de automóvel.

E nem é preciso uma linha de montagem para fabricá-lo: o motor monta-se sozinho, um processo conhecido como automontagem.

Motores moleculares

Os cientistas franceses e chineses responsáveis pela descoberta afirmam que o motor molecular a pistão poderá ser usado para fabricar músculos artificiais ou para criar polímeros com rigidez controlável.

Os organismos vivos usam motores moleculares para executar várias das suas funções vitais, como o armazenamento de energia ou mesmo sua movimentação, como é o caso das bactérias.

Mas os motores moleculares naturais são complexos demais, o que tem levado os cientistas a tentar criar versões sintéticas mais simples.

Pistão molecular

Ivan Huc e seus colegas foram os primeiros a construir um pistão molecular sem o tedioso trabalhar de inserir uma molécula dentro da outra.

Ao contrário de um pistão real, que fica fixo na extremidade de uma biela e se desloca dentro de um cilindro, o pistão molecular desliza ao longo de sua “biela”.

Na verdade, apesar dos cientistas apresentarem-no como um “motor molecular a pistão”, o mecanismo se enquadraria melhor na categoria de um motor linear.

A haste onde o motor desliza é formada por uma única molécula delgada. O “pistão” também consiste em uma única molécula, mas em formato de mola.

O movimento do motor molecular é controlado pela acidez do meio no qual ele está mergulhado.

Como o pistão tem uma afinidade com uma das extremidades da molécula comprida, o aumento da acidez leva-o para lá. A redução da acidez do meio traz o pistão de volta.

A grande vantagem deste novo motor molecular, contudo, é a automontagem.

O pistão não precisa ser inserido no seu eixo, como era necessário em abordagens anteriores – ele se forma ao redor da molécula ao longo da qual ele deverá deslizar, com uma folga suficiente para conseguir se movimentar.

Aplicações do motor molecular

Segundo os cientistas, no futuro esse conceito poderá ser usada em várias aplicações, incluindo biofísica, eletrônica e química.

Construindo vários deles em sequência, por exemplo, um grudado na extremidade do outro, poderá ser possível criar um músculo artificial acionado quimicamente.

Outra possibilidade seria fazer uma espécie de tapete formado por motores moleculares dotados de vários pistões cada um. A movimentação desses pistões permitiria o controle em tempo real da rigidez do tapete.

Recentemente cientistas alemães também construíram um motor molecular por automontagem, embora seu princípio de funcionamento seja diferente.

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=motor-molecular-pistao&id=010180110314&ebol=sim

Comentário de Diego Agnelo: Simplesmente FANTASTICO! Os benefícios que tais avanços poderão proporcionar a sociedade não tem limites, pessoas que tiveram membros amputados, nasceram com doenças congênitas, entre outros fatores que levaram a um ser humano ausentar-se de partes de seu corpo, poderá ser substituída por um “motor molecular a pistão”. E quem sabe a partir desse conhecimento não se possa ir mais além? Quem sabe substituir até mesmos órgãos? Salvaríamos milhões de vidas que não possuem um órgão compatível nas filas de transplantes, entre diversos outros fatores. Refaço minhas palavras no inicio do comentário: É simplesmente FANTASTICO!!!